sexta-feira, 3 de maio de 2013

Entre erros e acertos




por DIOGO BUENO

`Cá Entre Nós`





     Que as novelas não conseguem mais atingir seus altos índices de audiência como no passado já sabemos. Mas parece que a Rede Globo em sua teledramaturgia acordou em alguns aspectos e ainda patina em outros tantos. Faz tempo que um folhetim não registra 60 pontos de ibope, talvez O Clone (2001) foi a última a conseguir essa média. E bem verdade que a contagem do numero de aparelhos ligados para se medir um ponto aumentou nesses últimos anos, mas com a explosão da internet já se previa um afastamento do público da TV.






     Quando digo que a Globo aprendeu em alguns pontos, é claro que estou falando de Cordel Encantado, Ti-Ti-Ti, Cheias de Charme, Avenida Brasil e A Vida da Gente. Cada uma fez seu sucesso por uma particularidade diferente das demais. Avenida Brasil, entre as comentadas, é sem dúvida um novo fenômeno. Ela reconquistou um público que já não estava mais na TV aberta. Até o canal pago Sony se rendeu ao sucesso da 'cópia' e anunciou a segunda temporada de Revenge - como uma série com pegada de novela.





     Agora os erros que a emissora carioca insiste em cometer beram o amadorismo. Trazer O Profeta no Vale a Pena Ver de Novo é sem dúvida uma maneira de querer perder para A Usurpadora e Rubi. A novela até fez sucesso em 2006, mas ela é sem graça e de época, algo que cai bem para o horário das 18h e só. E apesar de ter muito talento, Paola Oliveira vem de um fiasco - Insensato Coração - e uma overdose sua - ela é a nova protagonista de Amor a Vida - não é algo bacana. A imagem do artista precisa ser descansada e preservada. 






     Salve Jorge foi outro erro. A trama de Glória Perez é um emaranhado de outras novelas suas. Os autores é claro costumam seguir a mesma linha de raciocínio em seus trabalhos, mas Glória avacalhou dessa vez. Salve Jorge tem seus méritos, mas não podemos deixar de apontar os erros cruciais do folhetim. Cade a Morena do começo da novela? parou de gostar de funk do nada? A Neuza Borges é a Dona Juro do ano e Walter Breda repete seu personagem de América - dono de bar. Muitos atores foram simplesmente deixados de lado. O que a Flavia Alessandra fez? Sidney Sampaio? Natalia do Valle? Ana Beatriz Nogueira? Estrelas de talento desprezadas por um roteiro chato, enrolado e sem pé nem cabeça. 






     E por fim Guerra dos Sexos. Elenco, direção, cenários, figurinos. Tudo impecável. Remake nãé uma tarefa fácil, mas os últimos se deram muito bem - O Astro; Ti-Ti-Ti e Gabriela. E a trama de Silvio de Abreu só não emplacou pelo tema. Esse negocio de homem contra mulher já era. Não cabe mais para a atualidade. As pessoas querem ver seus problemas estampados nos folhetins e não algo que foi no passado, principalmente tratado como comedia. Deu certo em O Cravo e a Rosa, pronto!






     Já sabemos o tipo de novela que o brasileiro quer. Roteiro ágil, sem muita enrolação. Aguentar Morena  escondendo o fato de que foi traficada por 8 meses é maçante e tedioso. Cheias de Charme trouxe uma nova linguagem. Três empregadas domésticas como protagonistas. Sem cair no clichê ou no sensacionalismo.






     Vem ai Amor a Vida e o remake de Saramandaia. Nas chamadas as duas parecem ser muito boas. Flor do Caribe é um sucesso. Sangue Bom vem recuperando o estrago deixado por sua antecessora. Com uma temática jovem e descolada e certo que a novela de Maria Adelaide Amaral e Vicent Villari vai explodir. Fórmulas existem e devem ser cumpridas. O sucesso e sempre bem vindo, principalmente para quem precisa de números para alavancar. Até a próxima edição!!!




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