segunda-feira, 12 de novembro de 2012

GARIMPO: FILMES MUSICAIS NA TV


Para cantar e dançar 
por Khaoe Pacheco do Blog BadFish



     Saindo mais uma vez do lugar comum, o Garimpo desta semana vai dedicar o seu espaço para lembrar cinco filmes musicais muito legais. Ainda que muita gente torça o nariz para o gênero – devido ao fato dos personagens pararem tudo o que estão fazendo para cantar – é inegável o fascínio que este tipo de produção causa. Apresento aqueles que mais me encantaram e que estão disponíveis este mês em diversos canais:


JOHNNY E JUNE (WALK THE LINE, exibição este mês no canal Fox).




    Um dos roqueiros mais emblemáticos de todos os tempos, Johnny Cash não foi tão famoso quanto Elvis Presley, mas mesmo assim deixou seu legado com músicas inesquecíveis. Nesta biografia, é mostrado o cantor (interpretado de modo fantástico por Joaquin Phoenix) ainda jovem ouvindo hinos e musicas gospel com sua mãe até o dia em que o irmão mais velho sofreu um acidente e morreu. Com um pai autoritário, Johnny da graças ao receber uma carta para servir o exército. Neste período, ele compra um violão e compõe suas primeiras canções e decide seguir a carreira artística. Mesmo ficando a sombra de Elvis, Beatles e outros, ele consegue criar um público fiel. O filme foca mais a relação de Cash com a cantora June Carter (a excelente Reese Witherspoon), que cantaram durante anos juntos e tiveram uma linda relação de amizade que acabou em casamento. O roteiro da produção é baseado em um livro escrito pelo próprio cantor.


DREAMGIRLS – EM BUSCA DE UM SONHO (em exibição no canal Telecine Touch).




     Com o mesmo ritmo de Johnny e June – focando certo período de tempo – Dreamgirls é outro filme que, diferente de outros musicais, mostra apenas os atores cantando e interpretando belas canções. Livremente inspirada na carreira do grupo The Supremes – que lançou a diva negra Diana Ross – o filme conta a história da autoritária Effie (Jennifer Hudson, ex participante do programa American Idol) que com sua voz poderosa decide formar um grupo musical com suas amigas Deena (Beyonce) e Lorrel (Anika Noni Rose). Elas são agenciadas pelo esperto Curtis (Jamie Foxx). A graça do filme é mostrar um pouco dos bastidores deste mundo multimilionário que é o da música, principalmente na parte onde Deena é escolhida a vocalista por causa do corpo e beleza, para o ódio de Effie, que é gordinha.  O filme teve interpretações elogiadas, principalmente para Jennifer que estreou muito bem no cinema, Eddie Murphy que surpreendeu a todos cantando ele mesmo seus números e deu um up na carreira e Beyonce, que, diferente da diva sempre linda dos palcos, estava irreconhecível em algumas cenas, despindo-se de seu glamour habitual. 



MAMMA MIA! (exibição no canal TNT).





     Baseado num musical da Broadway, este sim é o típico musical hollywoodiano, onde todos param o que estão fazendo para cantar e dançar. Sophie (Amanda Seyfried) vai se casar e decide convidar para o casamento os três homens que ela acha que podem ser o pai que ela não conhece para desespero de sua mãe Donna (a sempre maravilhosa Meryl Streep). Neste filme, a impressão que temos é que os atores se divertiram fazendo tanto quanto a gente que assiste. Para os mais avançados de idade, o charme fica por conta das canções que os personagens cantam que são sucessos do grupo ABBA, muito famoso nos anos 70. 


NOVE CANÇÕES (9 SONGS, em cartaz no canal Telecine Cult).




     O trio sexo, drogas e rock & roll nunca foi tão bem representado no cinema quanto em 9 Canções. Matt e Lisa se conhecem numa balada e passam a se encontrar cada vez mais. Entre shows de bandas locais de Londres, os dois transam e conversam – um pouco – sobre a vida. Seria mais um filme comum sobre dois jovens que se relacionam se não fossem às polêmicas cenas de sexo explicito que a dupla de atores protagoniza.


MOULIN ROUGE – AMOR EM VERMELHO






De todos desta lista, o filme que mais incomodou a crítica foi Moulin Rouge – Amor em Vermelho. O musical dramático e colorido de Baz Lurhmman tomou algumas liberdades poéticas como fazer os personagens cantarem músicas de sucesso pop que nem haviam sido criadas na época em que se passa o filme. Se você não se incomodar com esse detalhe, temos os inspirados Ewan Mcgregor e Nicole Kidman cantando, dançando e se apaixonando.  Se nos bastidores o filme foi um grande desafio com direito a acidentes envolvendo atores e equipe técnica, nas telas é uma produção rica em detalhes e muito bem feita. Até a próxima edição!!!



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